Algumas considerações sobre o Blog Nanbiquara. Especialmente porque alguém deve estar se perguntando o que tem com isso as abobrinhas. Vamos lá…
Nanbiquara é uma palavra tupi-guarani e significa “fala inteligente, de gente esperta”. A abobrinha é um fruto de fácil digestão, rico em niacina, além de ser fonte de vitaminas do complexo B e possuir poucas calorias (aposto que as mulheres gostaram dessa parte!).
Segundo o http://www.salseiro.com.br, a expressão “falar abobrinhas” surgiu quando a antiga nota de mil cruzeiros era conhecida como “abobrinha”, por causa do seu tom amarelado. A inflação veio e a nota perdeu seu valor, mas ganhamos uma expressão. Falar abobrinhas seria então falar sobre coisas sem valor, sem importância, sem nexo e que não fazem sentido.
Bem, resolvi criar uma relação diferente entre as palavras sem importância e o vegetal da família das Cucurbitaceas, porque acredito ser perfeitamente possível falar abobrinhas de uma maneira inteligente .
Eu gosto muito de abobrinhas. E amo as palavras! Gosto de saber suas origens, seus significados. Gosto de sentir que, mesmo quando “falamos abobrinhas”, é possível transformar as palavras em conversas agradáveis, alegres e inteligentes. E as melhores palavras são mesmo assim, macias como abobrinhas, vem fáceis, sem travas, sem “papas na língua”.
Falar abobrinhas, pra mim, é isso. Conversar sem pretensão, sem um fim específico, misturando assuntos e conseguindo fazer de uma conversa banal, uma nanbiquara, uma fala inteligente. Assim como se pode transformar a simples abobrinha em uma receita fina, como um soufllé, prato sofisticado da culinária francesa.
Tem gente que não gosta de conversar. Tem gente que não gosta de abobrinhas. Tenho pra mim que é porque ainda não experimentaram direito. Não fizeram delas (as palavras e as abobrinhas) uma receita especial, não as deixaram soltas na boca, sentindo-lhes o sabor sutil, delicado. O tipo da abobrinha, como o teor da conversa, não é o mais importante. O importante é como se saboreia, como se fala, como se ouve.
É isso que eu pretendo aqui. Trocar palavras leves, como quem fala abobrinhas, transformando-as em “nanbiquaras”, falas inteligentes. Observar, ouvir e sentir o outro, desenvolvendo, quem sabe, grandes amizades. Lembrando, claro, que amizade é como respeito. Não se exige. Se conquista.
Esse é o objetivo do Nanbiquara. Compartilhar e saborear palavras, experimentar novos assuntos, como se experimenta novos sabores. Posso falar do que estou vivendo, do que experimento, compartilhar coisas que vi, ouvi, senti. Sem querer impor minha fala, sem querer ser dona da razão, como também não posso obrigar alguém a gostar de abobrinha.
Posso falar de coisas engraçadas, diferentes, exóticas. Posso ainda ter um momento de desabafo, sabendo que haverá quem apenas me ouça. Vale fazer comentários, mas sem julgamentos, sem conselhos, lembrando que cada um tem sua personalidade, seu jeito de ser, sua maneira particular de colocar suas falas e temperar suas receitas.
Claro que, humana que sou, podem acontecer deslizes, posso extrapolar, às vezes. Falar demais, incomodar alguém. Mas, como uma cozinheira que se inicia na arte da culinária, prometo ser cautelosa, evitando assim que a conversa desande e, como quem erra a mão no sal ou na pimenta, a abobrinha fique impossível de se comer.
Sejam bem vindos. E boas palavras a todos!!!
Mira Baeta
Vou entrar na torcida organizada prá ver seu livro publicado! E quero ser convidada para o lançamento,tá?! Resgatar histórias da família Baeta é uma grande pedida! Pode incluir as receitas saborosas passando, por exemplo, pelas cozinhas de dona Marciana, de dona Tina e outras que nem sei. Enfim,
a história da família já é bem interessante, com os ingredientes de sua Nanbiquara entâo…!
Agora vou começar …claro pelo começo (rsrs)…quero ler tudo…adoro as Nanbiquara. Mas pelo pouco que já li, seria tão bom se “este livro” já tivesse sido editado, hoje eu o devoraria, iria ler muito. Parabéns Mira, reitero o que a Sonia disse sobre voce! Beijocas.
Repito o que a Izila disse ‘não sei como você não escreveu um livro ainda’. Você já tem material suficiente e olha, estou ainda mais impressionada pois você tem uma forma tão fácil, tão clara de expressão e um conteúdo tão animador, apesar de tudo, que iria ajudar muitas pessoas. Abrace isso Mira, Coloque como meta a edição de um livro. Tenho certeza que animará muitas pessoas e a você também. Parabéns! Amei encontrar o Nanbiquara.
Brigadinha, Sil. Estamos na mesma batalha, né? Mas nosso General vai na frente e nos dará a vitória!!! Beijo grande pra você!
Oi Sônia, tão bom te encontrar aqui nesse meu cantinho também!!! E olha, tô quase me rendendo à ideia de vocês, heim? Quem sabe…
Obrigada pelo carinho. Volte sempre!!!
Ei Mira, “some não”…rsrs
Obrigado pela divulgação, vamos nos falando, quero muito que voce e familiares participem da nossa festa. Um abração, Edvando
Oi Ed… pode deixar, não vou sumir, não.
Também já vi as fotos no seu Orkut… e tô muito empolgada. Tive alguns contratempos por aqui, mas espero que até outubro esteja tudo em paz, pq quero muito participar, sim. Depois nos falamos pra vc me passar mais detalhes de como funciona a festa, custos, etc.
Abração pra vc.
Tia!
Nao sei como voce nao escreveu um livro ainda… Todos merecem se deliciar com suas abobrinhas, ou melhor, com suas “nanbiquaras”.
Bjos, Izila
Ai, que linda!!!
Pois é, acho que as nanbiquaras em nossa família tem a ver com genética, né?
Quem sabe nos juntamos e escrevemos a saga dos Baeta??? Temos muita história pra contar mesmo…
Beijo grande. Obrigada pelo carinho.
Ainda não li tudo, mas achei o máximo! Parabéns!
Ah, que feliz receber sua visita, finalmente!
Brigadinha, comadre!!!!
Volta depois pra ver tudo com calma, tá?
Beijinho